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Qual a diferença entre as blindagens e para que servem?

A blindagem, é o método de envolver um conjunto de condutores, com um escudo metálico com a finalidade de reduzir os efeitos da interferência eletromagnética ou o ruído elétrico, que pode perturbar o desempenho da transmissão em alguns ambientes. Esse ruído pode surgir como resultado da interferência externa de outro equipamento elétrico ou como resultado da interferência gerada dentro do cabo pelos próprios pares adjacentes, que são torcidos com o mesmo passo de torção, conhecido como efeito (cross talk). Neste caso recomenda-se a blindagem individual dos pares.
A escolha de blindagem depende do ambiente onde os cabos são usados e as aplicações que eles devem executar. Os tipos de blindagem construídas para atender esta demanda são:
*BLINDAGEM ELETROMAGNETICA – Tem sido utilizado um método eficaz para se eliminar o ruído magnético, que consiste em em torcer os pares de fios, com passo de torção balanceado e uniforme. Com essa torção, em vez de se ter um circuito como ocorre em um par paralelo e linear, é formada uma série de circuitos adjacentes. Qualquer campo magnético que passar através desse par torcido tenderá a ser eliminado pelos circuitos adjacentes, pois as correntes induzidas por campos magnéticos para dentro dos circuitos adjacentes em cada fio estarão em direções opostas. Os passos de torção entre 50 e 75 mm, são os mais recomendados tanto em eficiência na atenuação eletromagnética, como em velocidade de produção, contribuindo para um custo industrial menor
*BLINDAGEM ELETROSTATICA – Como já sabemos, todo corpo metálico é um condutor elétrico. Nele, cargas elétricas podem se movimentar com facilidade. Durante a eletrização de um corpo condutor, as cargas elétricas apresentam um movimento ordenado que dura pouco tempo. Cessando esse movimento, dizemos que o corpo atingiu o equilíbrio eletrostático.
O ruído estático é causado por campos elétricos irradiados por fontes de tensão e são acoplados capacitivamente aos fios dentro de um circuito de instrumentos. Esse acoplamento se sobrepõe ao sinal transmitido.

Estas blindagens podem ser aplicadas em toda linha de cabos de nossa fabricação em quatro tipos:

Blindagens de Fita de poliéster + alumínio e cabo dreno – É a maneira mais eficaz de se quebrar esse acoplamento entre as formas externas de tensão e o circuito de instrumentos, quando necessita de atenuação de ruídos de frequência alta.
Os modelos fabricados pela Conduferes “CI FER”, conforme a NBR 10300, possuem passo de torção de 70mm de seus elementos, montado com fita de poliéster + alumínio e cabo dreno, consistem em uma solução perfeita para instalações de instrumentação.

Blindagens com Tranças – ( gaiola de FARADAY) consiste em um conjuntos de fios de cobre nu ou estanhado entrelaçados no sentido horário e outro no sentido anti-horário As blindagens de tranças proporcionam integridade estrutural superior, enquanto mantêm boa flexibilidade e vida útil. Estas blindagens são ideais para minimizar a interferência de baixa frequência e têm menor resistência CC* do que as de fitas. A blindagem de trança, quanto maior o fechamento melhor será sua é a efetividade. Entretanto, a relação entre custo e a cobertura de trança deve ser considerada e estão entre 80% e 95%. Cobertura de 100% não é viável com blindagem de trança.

Blindagens combinadas de Fita de poliéster + alumínio e cabo dreno / trança de cobre – que aumentam a eficiência na imunidade dos ruídos de frequência baixa ou alta e também deixa o cabo protegido de interferências eletromagnéticas.
Fita de cobre nu – são utilizadas em cabos onde os condutores são reunidos em coroa concêntrica, ou seja não possuem passo de torção, e necessitam de blindagem eletrostática.

Armação Mecânica

APLICAÇÃO – recomendadas para suportar cargas de torção, esforços radiais, e em  locais sujeitos a esmagamento, roedores , pingos de solda, enterrados diretamente no solo, etc. E também proteger  contra interferências eletromagnéticas em instalações onde haja oscilações desta natureza.

Esta armações podem ser aplicadas em quaisquer cabos: instrumentação, controle, termopar,  etc. Porem devera ser solicitado informações adicionais referente aos diâmetros externos e peso para calculo do seu projeto.

DEFINIÇÃO – consiste em envolver  o cabo com material  metálico, devem ser maleáveis e sempre aplicadas sobre capa intermediaria ou  capa de separação , sendo que o  material  desta capa devera ser igual ao da cobertura final em temperatura e cor.

São construídas em dois modelos  trança ou fitas de aço galvanizado ou  inox
TRANÇA DE FIOS DE AÇO – entrelaçamento dos fios com fechamento máximo possível, montados com mínimo espaço entre os fios adjacentes. A espessura dos fios segue a tabela anexa.  Em nosso código devera figurar o grupo de letras “TAA”.

DIAMETRO DO NUCLEO mmDIAMETRO FIO mm
DEATÉ
X151,0
16251,5
26352,0
36602,5
61+X3,0

FITAS  DE AÇO COM FECHAMENTO TOTAL – são aplicadas helicoidalmente em duas camadas, com remonte  entre a primeira  e  a segunda  fita não deve ser inferior a 50% da largura. Em nosso código devera figurar o grupo de letras “FAA”.

DIAMETRO DO NUCLEODIAMETRO DO NUCLEOESPESSURALARGURA
DEATÉmmmm
X300,230
31500,550
51700,570
71+X0,890

Atenção – os cabos com armação mecânica  devera ser considerado as seguintes recomendações, que devera ser solicitado ao setor de vendas técnicas.
DIAMETROS – para dimensionamento do prensa cabo simples ou taxa de ocupação, solicitar.
Somente diâmetro externo final.
OBS – PARA PRENSA CABO A PROVA DE EXPLOSÃO – solicitar
Ø Interno do núcleo – que compõe a capa intermediaria,
Ø Intermediário – com a armação mecânica.
Ø Externo – com cobertura final.

Raio de curvatura – recomendável, em média 20x o diâmetro externo.
Peso – para dimensionamento dos suportes quando a instalação for aérea.
Lance – máximo de fabricação e peso da bobina

Cabos não Halogenados

Sabemos que em caso de incêndio, muitas vezes começa nas instalações elétricas, e fora os danos causados na estrutura, as pessoas sofrem com emissão de gases tóxicos, proveniente da fumaça gerada pela queima da parte plástica dos cabos.

O gás clorídrico gerado pela queima do PVC irrita tanto os olhos como as vias respiratórias. Associado à umidade ou à água de combate ao incêndio forma ácido clorídrico, podendo haver também a formação de Fumaça opaca provocando Asfixia e pânico seguido de desmaio.

Halogênios são elementos químicos, encontrados na tabela periódica – coluna 17 tais como cloro, bromo, iodo, flúor e astato e uma de suas principais características é a facilidade em reagir com outros elementos, por isso raramente são encontrados livres na natureza. Por serem altamente retardante a chama, são utilizados como matérias-primas na composição, principalmente, do PVC, muito utilizado na fabricação de cabos.

A indústria para minimizar estes efeitos criou materiais isentos de halogênios, que são utilizados na isolação e nas coberturas e com aditivos especiais também se tornaram anti-chama, com baixa emissão de fumaça, não toxica.

Estes cabos recebem as seguintes nomenclaturas:

  • LSZH / LS0H – LOW SMOKE ZERO HALOGEN
  • IH – ISENTOS DE HALOGÊNIOS
  • HF – HALOGEN FREE
  • NH – NÃO HALOGENADOS
  • LSHF – LOW SMOKE HALOGEN FREE
  • SHF1 – SMOKE HALOGEN FREE

“Estes cabos são recomendados, de acordo com ABNT NBR 14705:2010, para instalações em caminhos e espaços horizontais e verticais com ou sem fluxo de ar forçado, ou em locais com a grande trafego de público”.  Tais como, prédios comerciais, estações de trem, metrôs, aeroportos, hospitais, igrejas, navios, plataformas de exploração de petróleo, etc.

Dentre as matérias primas atualmente empregadas na elaboração dos cabos podemos classifica-los como termoplásticos (polietileno, polipropileno e Eva) e os termofixos (XLPE e HEPR), que são matérias primas puras.